8 de agosto de 2015

A Lula e o Zeppelin (paródia)

A Lula e o Zeppelin
(paródia)
De tudo o que é ministério
Encobriu todo mistério
Com tentáculos gigantes
Era tanta sacanagem,
Vigarice e trambicagem,
Que na história, nunca antes.
E os tentáculos sugavam
A riqueza que encontravam
Como fosse inesgotável
E ao sair da Presidência
Nos legou sem complacência
Uma cria deplorável.
E essa cria se assumia
Como, mesmo, simples cria
Sem pudor por sua imagem.
Era estupidificada e xucra
Marionete de quem lucra
Com a imensa ladroagem.
Joga pedra no Luís,
E na cria do Luís,
Ele é feito pra enganar,
Ela é feita pra mentir;
Ele enrola qualquer um
Maldito Luís.
Um dia surgiu de longe
Silencioso feito um monge
Um enorme Lava-Jato
Se infiltrou nos edifícios
Achou mais de mil indícios
De propina a peculato.
E o palácio do Planalto
Ficou logo em sobressalto
Disse: ‘agora o bicho pega!’
E numa investigação tão vasta
A Justiça disse: “Basta!
Já cansei de ser tão cega.
Quanta desonestidade!
Quanto horror e iniquidade!
Quero a todos condenar.
Mas vou reduzir a cana
De quem devolver a grana
Se essa lula se explicar...”
Essa lula era o Luís
Mas não pode ser Luís
Ele é feito pra enganar
Ele existe pra iludir
Ele enrola qualquer um
Maldito Luís
Mas a lula se escondia
Lisa, esguia como enguia,
Não queria se mostrar.
Seus tentáculos cobria,
Seus oráculos ouvia...
Planejava se safar
Mas o cerco se fechava,
A Justiça rodeava...!
Tudo em volta desabando
Doleiros presos à teia,
Empresários na cadeia,
Delatores confessando...
Ao sentir tal ameaça
A quadrilha toda, em massa,
Foi lamber a sua mão;
Deputados de joelhos,
Ministros de olhos vermelhos
E empreiteiros com um milhão
Abre o bico, vai Luís,
Livra a gente, vai, Luís!
Você pode nos salvar,
Você vai nos redimir...!
Você enrola qualquer um,
Bendito Luís!
Eram tantos os transtornos,
Ameaças de subornos...!
Que a lula se perdia...
Se esquivava de quem pensa,
E pra quase toda a imprensa
Tinha só demagogia
De quem fez tanta sujeira
E lambuzou a pátria inteira
Até ficar saciado
E a curriola inteira
Esperava, sorrateira,
Se livrar do lava-jato...
Mas o fim de tal história
Desta nossa pátria inglória
Ainda está por ser escrito...
Basta um pouco de vontade,
Sensatez e liberdade
Pra entoar o nosso grito
Joga bosta no Luís
E na cria do Luís
Ele é feito pra enganar
Ela é feita pra iludir
Ele enrola qualquer um
Maldito Luís!




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