19 de maio de 2014


Sobre “O Viajante” (de novo)

Conforme postado na publicação anterior (http://blogdopupo.blogspot.com.br/), na qual eu comunicava uma notícia ruim e outra boa a respeito do meu livro, finalizo a sequência de dois textos com a notícia boa, repetindo que a considero boa não somente para mim, mas também para quem o desejar ler daqui em diante.

Ao mesmo tempo, esta postagem serve  para esclarecer duas outras coisas mais: uma, porque algumas pessoas tentaram adquirir o livro no site das editoras (Clube dos Autores e PerSe) e não o encontraram disponível para venda; e, duas, porque o meu blog sobre o livro (“Projeto de Livro – O Viajante”) está, também está indisponível.

Todas as questões acima citadas referem-se a uma única e mesma coisa: acabei de fechar contrato com a Chiado Editora, de Portugal, cedendo a ela os direitos de publicação do livro “O Viajante”, bem como já começo a negociar a publicação de “Bonito, Cavernas e Trens”, também com a mesma editora, para o próximo ano.

Isso explica que: primeiro, como os direitos de publicação, a partir da assinatura do contrato, são exclusivos da Chiado Editora, o livro não mais poderá ser comercializado por nenhuma outra editora, nem mesmo pelo sistema de autopublicação, para compras via internet, como era antes, e como eu fiz na noite de pré-lançamento (os direitos de publicação e venda, a partir de agora, são exclusivos da Chiado Editora); segundo, eu não posso mais, por força de contrato, divulgar o conteúdo da obra, total ou parcialmente, por nenhum meio (daí eu ter retirado o blog de “O Viajante”).

Evidentemente, eu estou em estado de graça, daí ter escrito que a notícia é boa para mim (aliás, é ótima, e eu estou, literalmente e apesar dos problemas na voz, “com uma vontade danada de mandar flores ao delegado, bater na porta do vizinho e desejar bom dia e de beijar o português da padaria”, como já disse a algumas pessoas). Meu livro, a partir deste ano, vai ter alcance internacional, e será lançado simultaneamente no Brasil e em Portugal, com abertura para comercialização também em outros países de língua portuguesa (como Angola e Moçambique, por exemplo). O contrato também estabelece que, se a vendagem for boa (3 mil exemplares), o livro será traduzido para o inglês  E para o espanhol, podendo assim alcançar EUA, Inglaterra, Espanha, Argentina... Consegui abrir uma imensa porta para o mundo, agora é esperar e torcer por bons resultados. Vou poder testar, realmente e sem sentimentalismo, se o livro é realmente bom.

Tenho motivo de sobra, portanto, para dizer que a notícia é boa pra mim.

Mas creio que será boa para os leitores também. Sendo uma editora de grande porte, a Chiado tem alcance mundial e, consequentemente, dispõe de mecanismos eficazes de distribuição da obra para fazer com que o livro chegue a todas as grandes redes de livrarias tanto no Brasil quanto na Europa, seja em formato impresso ou em e-book (Livraria Cultura, Saraiva, SóLivros, Bertrand, Amazon, FNAC...). Assim sendo, os leitores terão, a meu ver, as seguintes vantagens: primeiro, não terão que pagar frete para receber o livro, pois poderá ser comprado em qualquer livraria; segundo, como a tiragem inicial será de mil exemplares, o preço deve cair, e muito (tais preços não serão controlados por mim, que vou continuar recebendo apenas os direitos autorais, mas o preço final, com certeza, será mais acessível); terceiro, a encadernação será melhor; e quarto, o livro estará disponível em qualquer cidade para ser adquirido sem ‘prazo de entrega’ ou ‘período de espera’ (pagou, pegou).


Peço desculpas a quem acompanhava os capítulos do livro pelo blog (20% dos seguidores eram de fora do Brasil, principalmente dos Estados Unidos), pois tive que excluí-lo; essa é uma chance de outro que eu não podia perder, sinto muito ter tirado o blog do ar. 

Enfim, acho que essa notícia é boa para mim e para os leitores.

Ainda estamos, eu e a Editora, em fase de composição do livro (capa, diagramação, etc.), mas acho que até agosto o livro sai. E aí, como a Chiado vai me mandar cinquenta exemplares,  vou fazer uma cerimônia de lançamento, mesmo (e não pré-lançamento, como fiz no começo deste mês), de forma que quem não conseguiu adquirir o livro naquela época vai ter uma nova oportunidade para isso; mesmo porque talvez eu faça esse lançamento em etapas, em todas as cidades nas quais eu dou aulas, ainda que dentro das  escolas, durante os intervalos, mesmo (não sei, ainda vou pensar nisso).

Bom, era isso o que eu tinha pra comunicar. Torço para que quem torce por mim, e que já me apoiou e ainda apoia, que continue torcendo e apoiando, pra que eu continue indo pra frente e pro alto, sempre. Quem já leu e gostou, que divulgue o livro no momento oportuno (isso só se realmente gostou, não quero atitude inadequada que contradiga tudo o que valorizo na minha vida e em sala de aula). De minha parte, torço pra que o livro seja útil, pois foi escrito pra isso.

E, se por acaso algum estudante pensou nisso, não vou parar de dar aulas, não, mesmo que me transforme num escritor famoso internacionalmente. Adoro o que faço. Aliás já estou até com saudade de entrar numa sala de aula (saudade de trabalhar, vê se pode, nem parece que sou brasileiro!).

Aliás, só pra matar a saudade: “este não é um país normal”,  “povo é massa de manobra”, “isto é Brasil”, “fodam-se” e tudo o mais que faz parte do meu sábio repertório de bobagens.




16 de maio de 2014


AOS QUE ADQUIRIRAM A 1ª EDIÇÃO DE “O VIAJANTE”

Dou início a esta sequência de dois textos pedindo desculpas. Tenho duas coisas a comunicar, uma muito boa (pelo menos para mim) e outra ruim (tanto para mim quanto para os leitores), sendo que este primeiro texto é dedicado exclusivamente aos que compraram a 1ª edição (edição independente, por autopublicação) do livro feita para a na noite de lançamento.

Começando pela ruim, que é o motivo das desculpas iniciais.

Há uma quantidade grande de erros na impressão do livro (alguns até grosseiros, como a conjugação do verbo ‘vir’ como se fosse ‘ver’ na terceira pessoa do plural) e, apesar de apenas uns poucos comprometerem o entendimento correto do texto, quase todos são de responsabilidade minha ( procurarei reproduzi-los ao final deste comunicado).

O fato é que não sei o que foi que aconteceu para que esses erros acabassem constando justamente na primeira edição, na qual todo o esmero possível seria pouco; mesmo porque a maior parte dos capítulos do livro já estavam publicadas no blog com o mesmo nome, e sem esses malditos erros; ou seja, bastava ‘copiar e colar’ para mandar tudo para a editora.

Não sei o que aconteceu. Talvez o fato de eu ter tido que trocar de computador enquanto fazia a montagem do livro (já que meu computador antigo ‘deu pau’ bem no meio do trabalho), talvez os dados que eu tinha no pendrive não estivessem todos corrigidos quando os repassei ao novo computador, talvez eu os tenha errado ao digitar sem o devido cuidado, talvez o fato de que eu tenha que ter feito todo o processo sozinho (autoria, edição, design e montagem de capa, diagramação, formatação, revisão, digitação, negociação, tudo, enfim, menos imprimir, da hora que o livro saiu da minha cabeça até eu receber pelo correio), talvez desatenção pura e simples... Mas qualquer que seja a razão, a responsabilidade é minha; envolve falta de dedicação; relaxo, mesmo; o livro é um dos projetos prioritários na minha vida; é inadmissível que tais erros tenham ocorrido.

Eu já havia lido, várias vezes (não me lembro onde), que o autor não deve ficar responsável pela revisão gramatical e ortográfica da obra, mas não entendia direito por quê. A mim parecia que, se a revisão fosse feita por outrem, isso indicaria despreparo ou desconhecimento, por parte do autor, em relação à língua na qual escreve. Mas agora eu acho que entendo o porquê: é que o autor, fazendo ele próprio a revisão, acaba misturando, mesmo sem querer, conteúdo com forma, e acho que a maior parte dos erros pode ser justificada em função disso. Cada vez que eu relia a obra, acabava por mexer em alguma coisa no conteúdo (uma palavra mais adequada que a anterior, uma forma mais objetiva ou mais clara de expressar um pensamento, uma frase mais impactante, etc.); e aí, redigitando um detalhe desse tipo, acabava excluindo alguma outra parte do conjunto (que deveria estar lá), ou então acabava incluindo outras (que não deveriam estar lá, truncando, assim, a frase ou o parágrafo como um todo, ou deixando-o confuso).

Há erros que são evidentemente de digitação (como duplicação indevida de letras numa mesma palavra, por exemplo); mas há outros que são extremamente grosseiros (como a já citada troca da conjugação dos verbos ‘vir’ e ‘ver’ na terceira pessoa do plural), que são um estupro no idioma, e esse tipo de erro é imperdoável (mesmo que tal coisa só tenha ocorrido em dois ou três capítulos,  no resto a conjugação está como deveria, sei lá que porcaria que me deu fazer isso); há dezenas de sites na internet mostrando a conjugação correta de todos os verbos, e eu os consultava a cada dúvida, daí dizer que é imperdoável. Desatenção, falta de concentração, pressa, falta de mais dedicação numa coisa tão importante. Mea culpa.

Mas essa era a notícia ruim.

A boa é que consegui negociar o livro com uma editora maior, e portanto o livro vai ser lançado de novo, espero que com mais profissionalismo, inclusive de minha parte. Aliás, foi relendo a obra para mandar para essa outra editora que eu descobri o tanto de erros que existiam, o que foi outra falha minha: deveria ter, primeiro, comprado um único exemplar para ler previamente e ver se estava tudo em ordem antes de comprar os quarenta e cinco que vendi na cerimônia de pré-lançamento. Babaquice, já me xinguei pra caramba a cada vez que via um erro no livro (uau, consegui praguejar sem usar palavrão!).

Mas essa boa notícia eu vou detalhar no próximo comunicado, inclusive explicando por que considero a notícia boa tanto pra mim quanto para os leitores (não se esqueçam que este texto é de interesse apenas de quem comprou o livro no pré-lançamento (o que é o mais triste nisso tudo, já que foram lá pra me prestigiar; vocês talvez não possam imaginar como me sinto mal); os próximos leitores do livro não terão nada a ver com isso (espero!).

Segue abaixo a relação de erros, pra quem quiser ‘consertar’ se por acaso provocaram alguma significação incorreta do que foi escrito; e esclareço que a paginação discriminada se refere à edição do Clube dos Autores (na edição da PerSe os números das páginas não são os mesmos, mas não me sobrou nenhum exemplar dela para que eu possa dar como referência, então identifico por capítulos, em vermelho):

  1. A maldita conjugação errada do verbo ‘vir’: pág. 109, 2º parágrafo (cap. XXVI); pág. 127, último parágrafo ( cap. XXIX ); pág. 128, 5º parágrafo (cap. XXIX); pág. 135, 2º parágrafo (cap. XXXI);
  2. Pág. 55:  há um ‘com’ sobrando, bem na primeira linha no topo da página;(cap. XV)
  3. Pág. 71: no 5º parágrafo há um ‘neles’ que deve ser ‘nelas’; (cap. XVII)
  4. Pág.  101: 9º parágrafo, falta um ‘que’ (“... para a perfeição, sem que a tenhas...”); (cap. XXIV)
  5. Pág. 103: no final do 5º parágrafo, em vez de ‘recebeste’ é recebeu; (cap. XXVI)
  6. Pág. 115: 5º parágrafo, faltou um ‘que’ ( “Passado que reside...”); (cap. XXVII)
  7. Pág. 117: 1º parágrafo, sobra um ‘que’ (“... De um tempo em que meu pensamento que fluía por uma...”); (cap. XXVIII, bem no começo)
  8. Pág. 168: última linha do último parágrafo, leia-se ‘outro’ em vez de ‘outra’; (cap. XXXV)
  9. Pág. 245: sobra um ‘através’ (“...o que te lanço através em forma de...”); (cap. XLIX)
  10. Pág. 249: 3º parágrafo, 4ª linha, o ‘m’ de ‘com’ foi duplicado (“comm”); (cap. LI)
  11. Pág. 277: 2ª linha do 2º parágrafo do capítulo, substitui o não vai” por ‘não vás’, que é a conjugação correta (imperativo); (cap. LXI)
  12. Pág. 279: último parágrafo, 2ª linha, excluir o ‘de’ (“...Tu concluis de que teu Deus...”); (cap. LXI)
  13. Pág. 303: no 2º parágrafo, excluir o ‘o’ da primeira linha (“...Ou então esse o Deus...”); no 6º parágrafo, corrigir para 3ª pessoa do plural (‘poderás’ por ‘podereis’, ‘tua’ por ‘vossa’, ‘te’ por ‘vos’); (cap. LXX)
  14. Pág. 313: 1º parágrafo, falta o texto depois do segundo travessão (“― E pensas ser esse tipo de semente, Velho? ― perguntei-lhe ― Viajaste...”); (cap. LXXII)

Bom, gente, os erros eram esses. Garanto que na próxima impressão esses erros estarão ausentes. Estou com tempo de sobra pra me dedicar a isso, infelizmente. No próximo texto eu exponho a ‘boa notícia’.

Sinto muito, e novamente me desculpo perante os que compraram o livro, por não ter visto esses erros antes de mandar imprimir.