AOS QUE ADQUIRIRAM A 1ª
EDIÇÃO DE “O VIAJANTE”
Dou início a esta sequência de
dois textos pedindo desculpas. Tenho duas coisas a comunicar, uma muito boa
(pelo menos para mim) e outra ruim (tanto para mim quanto para os leitores),
sendo que este primeiro texto é dedicado exclusivamente aos que compraram a 1ª edição
(edição independente, por autopublicação) do livro feita para a na noite de
lançamento.
Começando pela ruim, que é o
motivo das desculpas iniciais.
Há uma quantidade grande de erros
na impressão do livro (alguns até grosseiros, como a conjugação do verbo ‘vir’
como se fosse ‘ver’ na terceira pessoa do plural) e, apesar de apenas uns
poucos comprometerem o entendimento correto do texto, quase todos são de
responsabilidade minha ( procurarei reproduzi-los ao final deste comunicado).
O fato é que não sei o que foi
que aconteceu para que esses erros acabassem constando justamente na primeira edição,
na qual todo o esmero possível seria pouco; mesmo porque a maior parte dos
capítulos do livro já estavam publicadas no blog com o mesmo nome, e sem esses
malditos erros; ou seja, bastava ‘copiar e colar’ para mandar tudo para a
editora.
Não sei o que aconteceu. Talvez o
fato de eu ter tido que trocar de computador enquanto fazia a montagem do livro
(já que meu computador antigo ‘deu pau’ bem no meio do trabalho), talvez os
dados que eu tinha no pendrive não estivessem todos corrigidos quando os
repassei ao novo computador, talvez eu os tenha errado ao digitar sem o devido
cuidado, talvez o fato de que eu tenha que ter feito todo o processo sozinho (autoria,
edição, design e montagem de capa, diagramação, formatação, revisão, digitação,
negociação, tudo, enfim, menos imprimir, da hora que o livro saiu da minha
cabeça até eu receber pelo correio), talvez desatenção pura e simples... Mas
qualquer que seja a razão, a responsabilidade é minha; envolve falta de
dedicação; relaxo, mesmo; o livro é um dos projetos prioritários na minha vida;
é inadmissível que tais erros tenham ocorrido.
Eu já havia lido, várias vezes
(não me lembro onde), que o autor não deve ficar responsável pela
revisão gramatical e ortográfica da obra, mas não entendia direito por quê. A mim
parecia que, se a revisão fosse feita por outrem, isso indicaria despreparo ou
desconhecimento, por parte do autor, em relação à língua na qual escreve. Mas agora
eu acho que entendo o porquê: é que o autor, fazendo ele próprio a revisão,
acaba misturando, mesmo sem querer, conteúdo com forma, e acho que a maior
parte dos erros pode ser justificada em função disso. Cada vez que eu relia a
obra, acabava por mexer em alguma coisa no conteúdo (uma palavra mais adequada
que a anterior, uma forma mais objetiva ou mais clara de expressar um
pensamento, uma frase mais impactante, etc.); e aí, redigitando um detalhe
desse tipo, acabava excluindo alguma outra parte do conjunto (que deveria
estar lá), ou então acabava incluindo outras (que não deveriam estar lá,
truncando, assim, a frase ou o parágrafo como um todo, ou deixando-o confuso).
Há erros que são evidentemente
de digitação (como duplicação indevida de letras numa mesma palavra, por
exemplo); mas há outros que são extremamente grosseiros (como a já citada troca
da conjugação dos verbos ‘vir’ e ‘ver’ na terceira pessoa do plural), que são
um estupro no idioma, e esse tipo de erro é imperdoável (mesmo que tal coisa só
tenha ocorrido em dois ou três capítulos,
no resto a conjugação está como deveria, sei lá que porcaria que me deu
fazer isso); há dezenas de sites na internet mostrando a conjugação correta de
todos os verbos, e eu os consultava a cada dúvida, daí dizer que é imperdoável.
Desatenção, falta de concentração, pressa, falta de mais dedicação numa coisa
tão importante. Mea culpa.
Mas essa era a notícia ruim.
A boa é que consegui negociar o
livro com uma editora maior, e portanto o livro vai ser lançado de novo, espero
que com mais profissionalismo, inclusive de minha parte. Aliás, foi relendo a
obra para mandar para essa outra editora que eu descobri o tanto de erros que
existiam, o que foi outra falha minha: deveria ter, primeiro, comprado um
único exemplar para ler previamente e ver se estava tudo em ordem antes de
comprar os quarenta e cinco que vendi na cerimônia de pré-lançamento. Babaquice,
já me xinguei pra caramba a cada vez que via um erro no livro (uau, consegui
praguejar sem usar palavrão!).
Mas essa boa notícia eu vou
detalhar no próximo comunicado, inclusive explicando por que considero a
notícia boa tanto pra mim quanto para os leitores (não se esqueçam que este
texto é de interesse apenas de quem comprou o livro no pré-lançamento (o que é
o mais triste nisso tudo, já que foram lá pra me prestigiar; vocês talvez não possam
imaginar como me sinto mal); os próximos leitores do livro não terão nada a ver
com isso (espero!).
Segue abaixo a relação de erros,
pra quem quiser ‘consertar’ se por acaso provocaram alguma significação incorreta do que
foi escrito; e esclareço que a paginação discriminada se refere à edição do Clube dos Autores (na edição da PerSe os números das páginas não são os mesmos, mas não me sobrou nenhum exemplar dela para que eu possa dar como referência, então identifico por capítulos, em vermelho):
- A maldita conjugação errada do verbo ‘vir’: pág. 109, 2º parágrafo (cap. XXVI); pág. 127, último parágrafo ( cap. XXIX ); pág. 128, 5º parágrafo (cap. XXIX); pág. 135, 2º parágrafo (cap. XXXI);
- Pág. 55: há um ‘com’ sobrando, bem na primeira linha no topo da página;(cap. XV)
- Pág. 71: no 5º parágrafo há um ‘neles’ que deve ser ‘nelas’; (cap. XVII)
- Pág. 101: 9º parágrafo, falta um ‘que’ (“... para a perfeição, sem que a tenhas...”); (cap. XXIV)
- Pág. 103: no final do 5º parágrafo, em vez de ‘recebeste’ é recebeu; (cap. XXVI)
- Pág. 115: 5º parágrafo, faltou um ‘que’ ( “Passado que reside...”); (cap. XXVII)
- Pág. 117: 1º parágrafo, sobra um ‘que’ (“... De um tempo em que meu pensamento
quefluía por uma...”); (cap. XXVIII, bem no começo) - Pág. 168: última linha do último parágrafo, leia-se ‘outro’ em vez de ‘outra’; (cap. XXXV)
- Pág. 245: sobra um ‘através’ (“...o que te lanço
atravésem forma de...”); (cap. XLIX) - Pág. 249: 3º parágrafo, 4ª linha, o ‘m’ de ‘com’ foi duplicado (“comm”); (cap. LI)
- Pág. 277: 2ª linha do 2º parágrafo do capítulo, substitui o não vai” por ‘não vás’, que é a conjugação correta (imperativo); (cap. LXI)
- Pág. 279: último parágrafo, 2ª linha, excluir o ‘de’ (“...Tu concluis
deque teu Deus...”); (cap. LXI) - Pág. 303: no 2º parágrafo, excluir o ‘o’ da primeira linha (“...Ou então esse
oDeus...”); no 6º parágrafo, corrigir para 3ª pessoa do plural (‘poderás’ por ‘podereis’, ‘tua’ por ‘vossa’, ‘te’ por ‘vos’); (cap. LXX) - Pág. 313: 1º parágrafo, falta o texto depois do segundo travessão (“― E pensas ser esse tipo de semente, Velho? ― perguntei-lhe ― Viajaste...”); (cap. LXXII)
Bom, gente, os erros eram esses. Garanto que na próxima impressão esses erros estarão ausentes. Estou
com tempo de sobra pra me dedicar a isso, infelizmente. No próximo texto eu
exponho a ‘boa notícia’.
Sinto muito, e novamente me
desculpo perante os que compraram o livro, por não ter visto esses erros antes
de mandar imprimir.
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